Retorno do serviço militar obrigatório? A NRW está modernizando e modernizando os quartéis!

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A discussão sobre o regresso do serviço militar obrigatório na Alemanha ganha força. O Ministro da Defesa, Pistorius, está a analisar medidas para recrutar soldados na Renânia do Norte-Vestefália.

Die Diskussion über die Rückkehr der Wehrpflicht in Deutschland nimmt Fahrt auf. Verteidigungsminister Pistorius prüft Maßnahmen zur Rekrutierung von Soldaten in NRW.
A discussão sobre o regresso do serviço militar obrigatório na Alemanha ganha força. O Ministro da Defesa, Pistorius, está a analisar medidas para recrutar soldados na Renânia do Norte-Vestefália.

Retorno do serviço militar obrigatório? A NRW está modernizando e modernizando os quartéis!

A situação da política de segurança na Europa mudou significativamente nos últimos anos e a discussão sobre um possível regresso ao serviço militar obrigatório na Alemanha está a ganhar ímpeto. Desde que o serviço militar obrigatório foi suspenso em 2011, a Bundeswehr ficou muito enfraquecida, o que agora se torna visível: de acordo com os relatórios actuais, em 2025 haverá uma escassez de cerca de 20.000 soldados, enquanto as forças armadas só podem aceitar 5.000 membros do serviço militar por ano. Para satisfazer esta necessidade, o Ministro Federal da Defesa, Boris Pistorius (SPD), está a considerar seriamente a reactivação do serviço militar obrigatório. Isto é visto pela Bundeswehr e pelo Serviço Federal de Inteligência como uma resposta à ameaça da Rússia, que corre o risco de travar uma guerra convencional contra os países da NATO num futuro próximo. Há rumores sobre um regresso ao serviço militar obrigatório e há um debate acalorado sobre como poderão ser as futuras estruturas militares e se as mulheres também devem ser incluídas no serviço militar obrigatório.

Na Renânia do Norte-Vestfália (NRW), vários quartéis já estão disponíveis para acomodar novos recrutas. Isto inclui, entre outras coisas, o famoso quartel da Força Aérea em Colónia, que faz parte de um plano mais amplo para modernizar e, se necessário, converter a Bundeswehr. Noutros lugares, os antigos quartéis devem ser reactivados ou mesmo reconstruídos, o que é essencial para o futuro da capacidade de defesa da Alemanha. No geral, a NRW está a investir mais dinheiro na Bundeswehr e o volume de construção aumentou recentemente em quase 40 milhões de euros, para um total de 222 milhões de euros. Estão também a ser feitos investimentos em infra-estruturas, como no quartel Glückauf, em Unna, onde estão a ser construídos mais de 600 modernos alojamentos para soldados.

A realidade do recrutamento e os desafios

Apesar da discussão sobre a reintrodução do serviço militar obrigatório, ainda existem problemas em muitas áreas. Além da necessidade de restabelecer pessoal e estruturas para implementação, especialistas como o novo Comissário das Forças Armadas Henning Otte (CDU) salientam que a Bundeswehr não está agora equipada para o serviço militar obrigatório. Os escritórios de substituição militar foram abolidos e muitos quartéis foram vendidos, o que poderia dificultar a implementação de um regresso abrangente ao recrutamento. Mesmo o recrutamento em si só poderia ser restabelecido em tempos de paz com uma maioria simples no parlamento. Um modelo semelhante aos conceitos de padronização suecos poderia ser uma possibilidade. Na Suécia, os homens têm de se registar e uma parte do grupo do ano é então convidada para a reunião, embora as mulheres também possam participar voluntariamente.

Além disso, está sendo discutido um conceito segundo o qual os candidatos ao serviço militar serão mais bem remunerados. Os futuros militares do “Novo Serviço Militar” recebem o estatuto de “Soldado Temporário” (SaZ), o que lhes oferece condições financeiras atractivas. Estas medidas destinam-se a ajudar a colmatar as lacunas de pessoal na Bundeswehr, a fim de cumprir os objectivos da OTAN.

Comparações internacionais

Paralelamente aos desenvolvimentos na Alemanha, outros países mostram que o recrutamento ainda pode desempenhar um papel importante na estratégia militar. Por exemplo, enquanto a França e a Grã-Bretanha há muito aboliram o recrutamento e dependem de exércitos profissionais, a Polónia está a rearmar-se significativamente, ao mesmo tempo que aboliu o recrutamento. A Lituânia e a Letónia até os reintroduziram. Na Finlândia, contudo, o recrutamento faz parte da cultura militar, sendo os homens obrigados enquanto as mulheres podem participar voluntariamente. Estes exemplos internacionais deixam claro que a discussão sobre o serviço militar obrigatório está na agenda de muitos países europeus e pode trazer movimento às estruturas num impasse.

A questão que permanece é se e quando a Alemanha tomará as medidas necessárias para reintroduzir o serviço militar obrigatório. A situação da política de segurança obriga a que esta questão seja abordada, enquanto os jovens da Bundeswehr e da sociedade aguardam para ver como será moldado o seu futuro.