Pedra memorial em Göttingen: memória dos trabalhadores forçados durante a era nazista

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Em 17 de julho de 2025, o governo federal anunciou projetos para comemorar o trabalho forçado nas estações ferroviárias, incluindo Colônia-Deutz.

Am 17.07.2025 kündigt die Bundesregierung Projekte zur Erinnerung an Zwangsarbeit an Bahnhöfen, darunter Köln-Deutz, an.
Em 17 de julho de 2025, o governo federal anunciou projetos para comemorar o trabalho forçado nas estações ferroviárias, incluindo Colônia-Deutz.

Pedra memorial em Göttingen: memória dos trabalhadores forçados durante a era nazista

Num passo significativo para o trabalho de memória, o Comissário do Governo Federal para a Cultura e os Meios de Comunicação Social, Weimer, anunciou hoje o apoio a 13 projetos locais. O projeto conjunto "MemoRails: Stop! A história nazista é lembrada aqui" também se concentra na estação ferroviária de Deutz, em Colônia. Este programa visa manter viva a memória do trabalho forçado durante a era nazista e chamar a atenção para o destino individual das vítimas naquela época. Conforme relata a Deutschlandfunk, um total de um milhão de euros do governo federal e 100.000 euros da Fundação EVZ serão canalizados para este projeto.

As estações ferroviárias do país já serviram como locais centrais para a violência nazista. Muitas vezes as pessoas eram enviadas para trabalhos forçados aqui, embora hoje apenas alguns vestígios desta história possam ser encontrados. Foram apresentadas mais de 100 ideias de projetos, promovendo principalmente iniciativas da sociedade civil que lidam com o passado sombrio. A conscientização sobre esse tema é fortalecida por meio de diversos formatos educativos, memoriais e de eventos.

Visão sobre o trabalho forçado

O que realmente significa trabalho forçado? Durante a Segunda Guerra Mundial, a economia de guerra alemã carecia de muitos trabalhadores, o que levou ao recrutamento em massa de pessoas de países invadidos como a Polónia, a República Checa e a Europa Ocidental. A partir de 1940, estes homens e mulheres foram recrutados para manter a indústria alemã em funcionamento. De acordo com bpb, os trabalhadores estrangeiros representavam mais de um quarto da força de trabalho em muitas empresas, em alguns casos até 60 por cento. Em Agosto de 1944, cerca de seis milhões de trabalhadores civis forçados trabalhavam na Alemanha, muitos deles mulheres.

As condições de vida destas pessoas eram muitas vezes catastróficas. Os trabalhadores orientais e os trabalhadores forçados polacos sofreram uma discriminação particularmente severa e foram sujeitos a ações arbitrárias por parte da Gestapo. Embora alguns trabalhadores qualificados da Europa Ocidental tivessem condições relativamente melhores, a maioria dos trabalhadores forçados sofria de fome e de habitação precária. Muitas pessoas tentaram escapar do trabalho explorador, mas tiveram que esperar punições severas.

Cultura da memória e perspectivas futuras

A crescente atenção aos acontecimentos daquela época não é apenas um sinal de respeito pelas vítimas, mas também um passo importante para a reconciliação com a história. Com o debate sobre as compensações, que só começou 65 anos após o fim da guerra, as vozes dos sobreviventes estão a ser ouvidas e honradas. A Fundação “Memória, Responsabilidade e Futuro” pagou mais de 4,7 mil milhões de euros a 1,7 milhões de sobreviventes, o que representa um reconhecimento há muito esperado.

Existem também iniciativas digitais, como o arquivo de entrevistas “Trabalho Forçado 1939-1945”, que foi criado em cooperação com a Fundação “Memória, Responsabilidade e Futuro”, bem como a Universidade Livre de Berlim e o Museu Histórico Alemão. Este arquivo tem como objetivo preservar e tornar acessíveis as memórias de mais de 20 milhões de pessoas que foram submetidas a trabalhos forçados pela Alemanha nazista, como relata o Zwangsarbeit-Archiv.

Os projectos que estão agora a ser implementados em Colónia e noutras cidades constituem um passo na direcção certa. Eles não querem apenas comemorar, mas também possibilitar o aprendizado para que o passado não seja esquecido. Através destas iniciativas, nós, como sociedade, podemos garantir que as vozes do passado informem o nosso presente e o nosso futuro.